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Foto do escritorMaria Júlia Braz

Normose: medo de ser gente

Atualizado: 11 de nov. de 2023


Normose: medo de ser gente

Toda sociedade humana fixa, em algum grau, aquilo que é considerado normal. Para justificá-lo, são invocados diversos tipos de fundamentação: moral, teológica, natural etc.


 


1- A NATUREZA DAS NORMAS SOCIAIS


Independente daquilo que acreditamos ser o respaldo correto da normalidade, o fato é que as normas sociais são sempre convencionadas.


Isso não significa, porém, que sejam inúteis - elas facilitam nossa vida em muitos aspectos. São como peças pré-moldadas, que nos oferecem caminhos já trilhados, e que são forçados sobre nós com mais ou vemos veemência.


(Imagine, por exemplo, se não tivéssemos convencionado o que é ‘normal’ comer. Cada refeição seria uma fonte infinita de angústia).


Entretanto, apesar das normas oferecidas pelo mundo, existe algo em nós que adere a elas, ou não.


A esse algo, podemos chamar de eu.


'Eu' é o conceito mais complexo de toda a psicologia. É muito difícil retraçar aquilo que somos e aquilo que nos foi imposto.


Mas, seja como for, podemos sim observar que ninguém é totalmente normal. Ou seja, não há quem se enquadre nas normas perfeitamente.


Há, no entanto, aqueles entre nós que tentam. Que correm para apagar de si qualquer aspecto desviante.



2- O EU COMO ENIGMA PSICOLÓGICO


Quando agimos assim, geralmente impulsionados pelo medo de sermos julgados pelo olhar implacável do outro, nos adaptamos completamente à realidade externa, mas a um custo muito alto.


Pois se somos apenas o que é normal, não somos nós mesmos.


Seja qual for a natureza desse eu que somos, ele nunca é exatamente a média daquilo que se dá no nosso entorno.



3- O CUSTO DA ADAPTAÇÃO TOTAL


Por isso, quando nos esforçamos para nos adequar totalmente à normalidade temos que, invariavelmente, nos alijar de nós mesmos.


Quando renunciamos às nossas partes que divergem da norma apenas por serem diferentes, o que estamos fazendo, na verdade, é renunciar à nossa própria subjetividade, àquilo nos torna verdadeiramente humanos.


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Maria Júlia Braz - Psicoterapeuta (11) 99317-7217 | mariajuliabrazcontato@gmail.com

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