
Para responder a essa pergunta precisamos, primeiro, entender que o conceito de cura que empregamos usualmente é retirado do vocabulário da medicina.
Na medicina, a cura é entendida como o processo de superação da doença e restauração da saúde.
1. A BUSCA PELA COMPREENSÃO E ALÍVIO
Essa maneira de encarar o binômio saúde-doença é essencialmente normativa. Ou seja, há o ‘normal’ – saudável, e o ‘patológico’ – doente.
Quando falamos dos nossos processos fisiológicos involuntários essa conceituação é acertada e pertinente.
Mas será que podemos usar essa mesma formulação para falar sobre nossos sofrimentos mentais?
Não, não podemos! Pois o sofrimento mental é dotado de uma propriedade que o acometimento físico não possui:
Quando temos uma doença física, nosso corpo sofre de algo.
Quando adoecemos emocionalmente, sofremos por e para algo.
Nosso sofrimento tem sentido, não apenas presença.
2. A SINGULARIDADE DO SOFRIMENTO MENTAL
Essa diferença significa, entre outras coisas, que cada adoecimento mental é singular, tem relação com a história e o ser de cada um.
Por isso na terapia nós buscamos não apenas nos livrar daquilo que nos incomoda pois desvia da norma, mas compreender de onde surgem e o que buscam as nossas inquietações e angústias.
Não podemos querer eliminar todos os sofrimentos como se fossem doenças, até porque essa seria uma tarefa impossível.
3. A CURA COMO UM PROCESSO DE MATURAÇÃO
A ‘cura’ que a terapia proporciona é como a cura do queijo: o resultado de um processo de maturação, através do qual nos tornamos ‘mais a nós mesmos’ e podemos encontrar alguma paz em sê-lo.
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