
Há dois tipos de pessoas que todos conhecemos.
Aquela que se sente muito bem consigo mesma. Inabalável, inquestionável, incorrigível.
Por outro lado, também conhecemos aquela que se sente terrível na própria pele. Amaldiçoada, perseguida, falha.
1. A DICOTOMIA ENTRE DUAS PERSPECTIVAS PESSOAIS
Nosso ímpeto inicial geralmente é achar que essas duas pessoas não têm nada a ver uma com a outra, são opostas.
Mas, se olharmos bem, podemos perceber que há uma ligação entre elas.
Nem a melhor pessoa do mundo, nem a pior pessoa do mundo, se sentem pessoas normais. Humanas, falíveis. Nenhuma das duas encara seu próprio ser como um igual perante os outros seres.
A melhor pessoa do mundo se sente especialmente boa. A pior pessoa do mundo se sente especialmente má.
Ambas se sentem especiais.
2. A LIGAÇÃO ENTRE AS DUAS PERSPECTIVAS
Há entre essas duas estruturas uma ligação por oposição.
Com isso não quero dizer que, o que podemos chamar de uma autoestima inflada, não deva ser mais agradável de se experenciar. Que se sentir incrível sempre (ou quase) não deva ser divertido.
Mas não é real. Se sentir perpetuamente onipotente ou impotente é negar lidar com a realidade humana tal qual ela se apresenta.
3. O IMPACTO DA PERCEPÇÃO DE SER ESPECIAL
Mas voltemos nosso olhar à 'pior pessoa do mundo'. Ela está em maior sofrimento, certo? O que poderia ajudá-la?
Que ela construa uma máscara de pessoa infalível, ou que ela se perdoe, por entender que é humana como todas as outras?
O movimento mais acertado, e mais difícil, que podemos fazer é abrir mão da nossa necessidade de sermos considerados 'especiais', e reconhecermos que somos, na verdade, radicalmente iguais aos outros.
4. A REALIDADE DA NATUREZA HUMANA
A ilusão de sermos especialmente abençoados ou amaldiçoados nos isola. A igualdade possibilita a conexão.
Pois é só entre iguais que podemos viver em companheirismo, com todas as outras pessoas e criaturas que habitam essa existência maluca junto a nós.
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